Desacelere não só nas estradas, mas na vida . Aja com sabedoria!

 

Foto crédito TMNews do Vale

(*) Taciano Medrado

Vivemos em uma era de pressa constante. Acordamos com o alarme disparando, corremos para cumprir prazos, enfrentamos o trânsito como se estivéssemos em uma corrida, e mal percebemos o tempo passar. A velocidade, muitas vezes, é associada ao sucesso, à produtividade, à eficiência. 

Mas será que essa correria toda realmente nos leva aonde queremos chegar?

Quando falamos em desacelerar, logo pensamos nas estradas. Reduzir a velocidade salva vidas — isso é fato. Um motorista atento, que respeita os limites e dirige com consciência, protege a si mesmo e aos outros. No entanto, essa lógica de cuidado e atenção deveria se estender além do volante. A vida, assim como o trânsito, exige pausas, ritmo e equilíbrio.

Desacelerar na vida é olhar para dentro. É perceber os sinais que o corpo e a mente nos dão — e que muitas vezes ignoramos. Cansaço constante, ansiedade, estresse, irritabilidade... Tudo isso é um grito silencioso dizendo: “vá mais devagar”. E o mais curioso é que, quando diminuímos o ritmo, conseguimos enxergar melhor. O que realmente importa se torna mais claro. As pequenas alegrias do dia a dia — um café tranquilo, uma conversa com alguém querido, o pôr do sol visto sem pressa — ganham novo valor.

A pressa nos afasta do presente. Vivemos projetados no futuro, querendo antecipar tudo: resultados, respostas, conquistas. E, com isso, esquecemos de viver o agora. A vida não é uma linha de chegada — é o caminho. E um caminho percorrido com pressa pode nos fazer perder paisagens preciosas, oportunidades únicas e, pior, a nossa própria saúde.

Desacelerar não é ser lento, preguiçoso ou improdutivo. É ser consciente. É saber que o descanso faz parte do processo, que a qualidade supera a quantidade, que o tempo bem vivido é mais valioso do que o tempo corrido. Quem desacelera vive com mais presença, com mais atenção ao que sente e ao que faz. E, por isso, tende a viver mais — e melhor.

Nas estradas, sabemos que a velocidade excessiva aumenta o risco de acidentes. Na vida, não é diferente. Quem vive no automático, correndo o tempo todo, está mais propenso ao esgotamento, ao adoecimento emocional, ao desgaste das relações. Por isso, desacelerar é também um ato de cuidado com o outro. É estar mais disponível, mais atento, mais empático.

Talvez você esteja se perguntando: “como desacelerar em um mundo tão exigente?”. A resposta não está em mudar tudo de uma vez, mas em adotar pequenos gestos. Respire fundo antes de reagir. Desligue o celular por alguns minutos. Faça uma caminhada sem pressa. Reserve tempo para o que te faz bem. Dê atenção de verdade às pessoas ao seu redor. A vida não vai parar, mas você pode escolher em que ritmo quer segui-la.

Por isso, o convite é simples: desacelere. Nas estradas, por segurança. Na vida, por sabedoria. Porque viver com mais calma é também uma forma de viver por mais tempo — e com mais sentido.

(*) Professor e Psicopedagogo

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