Em
outubro de 2024, os eleitores brasileiros vão às urnas para escolher seus novos
prefeitos e vereadores, em mais uma eleição. Até lá, é comum a circulação de
propagandas e notícias sobre os candidatos. O problema é quando as informações
disseminadas são falsas, o que pode comprometer a correta compreensão por parte
dos cidadãos, por exemplo.
Diante
disso, uma pesquisa do Instituto DataSenado, em parceria com o
Instituto de Pesquisa em Reputação e Imagem (IPRI), da FSB Holding, mostra que,
para 78% dos brasileiros, o controle de fake news nas redes sociais é muito
importante para garantir uma disputa eleitoral justa.
Ainda
de acordo com o levantamento, 81% dos entrevistados afirmam que a disseminação
de notícias falsas pode impactar “muito” os resultados das urnas. Os dados
constam na 21ª edição da pesquisa Panorama Político 2024: Notícias Falsas e
Democracia. Segundo o analista do DataSenado, José Henrique Varanda, o
resultado mostra que a população quer mudança nesse cenário.
“Demonstrando amplo apoio da população brasileira que haja um controle, que se faça algum tipo de moderação para garantir que as eleições sejam justas, para que os candidatos tenham um terreno mais nivelado nas eleições. Essa informação dá bastante respaldo aos juízes eleitorais para fazerem valer a regulamentação do Tribunal Superior Eleitoral. É importante que eles saibam que a população brasileira está dando respaldo”, avalia.
Entre
os brasileiros que costumam utilizar redes sociais, 72% responderam que têm
acessado notícias que desconfiam ser falsas nos últimos seis meses. Os motivos
para o compartilhamento dessas notícias podem variar. Para 31%, as pessoas o
fazem para mudar a opinião dos outros. Já para 30%, a razão está em achar que o
fazem por não saberem que a notícia é falsa.
Distribuição
estadual da população que faz uso de alguma rede social
São
Paulo – 97%
Distrito
Federal - 97%
Roraima
– 96%
Paraná
- 96%
Rondônia
- 94%
Alagoas
- 94%
Santa
Catarina - 94%
Mato
Grosso - 94%
Acre
- 93%
Pará
- 93%
Ceará
- 93%
Rio
Grande do Norte - 93%
Bahia
- 93%
Amazonas–
92%
Pernambuco
– 92%
Minas
Gerais – 92%
Goiás
– 92%
Amapá
– 91%
Tocantins
– 91%
Maranhão
– 91%
Espírito
Santo – 91%
Mato
Grosso do Sul – 91%
Paraíba
– 90%
Rio
de Janeiro – 90%
Sergipe
– 89%
Rio
Grande do Sul – 89%
Piauí
– 88%
Dificuldade
em identificar notícias falsas
Ainda
de acordo com a pesquisa, identificar notícias falsas é uma tarefa desafiadora
para metade dos brasileiros. “Esta dificuldade varia regionalmente, com estados
como Sergipe (62%), Maranhão (61%) e Rio Grande do Norte (59%), que contam com
índices acima da média nacional.”
Apesar
desse cenário, o levantamento mostra um certo consenso sobre a necessidade de
responsabilizar as plataformas de redes sociais. Para 81% dos entrevistados,
essas plataformas devem ser responsáveis por impedir a divulgação de notícias
falsas. Essa opinião apresenta quase uma unanimidade entre os estados, com
exceção de Santa Catarina, onde a concordância é 73%.
O
levantamento, que ouviu 21.808 brasileiros de todas as 27 Unidades da
Federação, foi feito entre os dias 5 e 28 de junho de 2024. O nível de
confiança é de 95%, com margem de erro média nas respostas para dados nacionais
de 1,2 ponto porcentual.
Fonte: Brasil 61
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