Não há duvidas de que o sentimento de "mea culpa" está martelando a consciência de boa parte dos que apoiaram e votaram no Lulapetista, e um desses é o jornal o Estadão que atacou virilmente o ex-presidente Jair Bolsonaro em, defesa da eleição do petista descondenado pelo STF.
Não é primeira vez que o Estadão publica editorial detonando a gestão do atual mandatário do pais, o senhor Luiz Inácio Lula da Silva. Na edição dessa terça-feira (04) na sua coluna Notas & Informações, o jornal tece forte criticas ao terceiro mandato do petista. Confira na íntegra a matéria !
LULA E A LEITURA MENDAZ DA HISTÓRIA
Quando
decidiu dar ao sr. Lula da Silva a oportunidade de exercer um terceiro mandato
presidencial, malgrado o fato de que sua ficha moral é muito suja, a maioria
dos eleitores não lhe delegou superpoderes para fazer a Terra girar ao
contrário, apagar fatos e reescrever a história. No entanto, talvez inebriados
por um sucesso que está longe de ter sido absoluto, Lula e outros próceres do
PT se apropriaram do triunfo eleitoral de 2022 como uma espécie de autorização
para reinterpretar, chamemos assim, os muitos malfeitos investigados pela
Operação Lava Jato, como se eles simplesmente não tivessem exist
É
indiscutível o fato de que a Operação Lava Jato, como hoje se sabe, esteve
eivada de erros e desvios das leis e da Constituição cometidos por membros do
Poder Judiciário e do Ministério Público Federal. Como revelou uma reportagem
do Estadão no domingo passado, até mesmo procuradores federais que
participaram ou apoiaram a operação, hoje, fazem uma autocrítica pelos excessos
cometidos pela força-tarefa. O Supremo Tribunal Federal, por sua vez,
debruçou-se sobre casos concretos e anulou, uma a uma, todas as condenações
prolatadas contra Lula, tanto que foi revertida a inelegibilidade do petista.
Uma
coisa, porém, é reconhecer a incompetência e a parcialidade do ex-juiz e atual
senador Sérgio Moro (União Brasil-PR), além do possível conluio entre um grupo
de procuradores federais e o então titular da 13.ª Vara Federal Criminal de
Curitiba. Outra coisa, muito distante, é querer fazer o País acreditar que toda
a Operação Lava Jato não passou de uma “farsa”, uma “armação” urdida entre
autoridades do Brasil e dos Estados Unidos para usurpar as riquezas nacionais,
como Lula anda dizendo por aí.
Se
“farsa” foi, haja farsantes. O que dizer de tantas confissões? O que dizer da
recuperação de ativos bilionários depositados em contas no exterior? O que
dizer do resultado de investigações conduzidas por promotores estrangeiros em
nada contaminados pela política nacional?
O
presidente não precisava ser tão desrespeitoso com a inteligência e a memória
de tantos brasileiros que não se ajoelham sob o altar do petismo. À falta de
decência, bastaria a Lula um olhar racional para o placar da eleição para que
fosse acometido por um súbito surto de humildade.
O
petista venceu Jair Bolsonaro por uma margem de apenas 1,8% dos votos válidos,
o que indica que o antibolsonarismo é só ligeiramente maior que o antipetismo
no País. Lula não teria sido eleito se dependesse só dos votos de seus
apoiadores mais devotados, aqueles que tomam sua palavra quase como um dogma
religioso. Ele precisou convencer os milhões de eleitores que sabem muito bem o
que o PT fez nos 14 anos em que governou o País – com especial ênfase nos escândalos
do mensalão e do petrolão – de que era o único capaz de impedir que Bolsonaro
fosse reeleito e pudesse concluir a destruição da democracia no Brasil.
Qualquer
político, diante disso, teria a decência de reconhecer que a maior parte do
eleitorado fez sua escolha por exclusão, e não por convicção. Mas não Lula,
claro. O chefão petista considera que os votos que recebeu o autorizam a
retocar as fotos em que ele e seu partido aparecem como protagonistas de
escândalos e como instigadores da divisão do País. Ao tentar desmoralizar
inteiramente a Lava Jato, como se a operação fosse inimiga do Brasil (em
conluio com os ianques, claro) e tivesse como objetivo destruir o PT e seu
líder, Lula desrespeita as diversas instituições de Estado que verificaram,
julgaram e condenaram os numerosos malfeitos do lulopetismo. Por extensão, Lula
desrespeita a própria democracia que ele jurou salvar das garras do
bolsonarismo.
O
PT, como organização privada que é, tem o direito de defender as interpretações
que faz da realidade como bem entender, por mais equivocadas ou enviesadas que
sejam. O problema é que o que o PT “pensa”, na verdade, é o que Lula pensa. E
Lula já não é mais um líder partidário nem tampouco candidato; é o chefe de
Estado e de governo. E como tal deve se portar. (Fonte: Estadão)
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