O
presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta 3ª feira
(22.fev.2022) que a “esquerda” no Brasil “festeja e aplaude” a decisão da
Colômbia de descriminalizar a interrupção da gravidez até a 24ª semana de
gestação. O presidente já havia criticado a decisão mais cedo e voltou a falar sobre o
assunto em seus perfis nas redes sociais: As informações são do Poder 360.
“No
Brasil, a esquerda festeja e aplaude a liberação do aborto até o 6° mês de
gestação, lamentavelmente aprovado na Colômbia. Trata-se da vida de um bebê que
já tem tato, olfato, paladar e que já ouve a voz de sua mamãe. Qual o limite
dessa desumanização de um ser inocente?”, questionou.
O
presidente falou sobre “bebês prematuros que superaram as dificuldades” para
defender seu posicionamento contrário ao aborto.
“Quantas
mães e pais não lutam com todas as forças para proteger a vida de um filho que
nasceu prematuro? Quantos não choram quando perdem essa batalha? Essa luta
nunca foi nem nunca será em vão. Ela existe porque existe uma vida humana a ser
protegida ali”, disse.
Em
publicação anterior, Bolsonaro afirmou que as vidas de crianças colombianas
estarão sujeitas a ser “ceifadas com anuência do Estado”. Quando o aborto foi
legalizado na Argentina em dezembro de 2020, Bolsonaro também criticou a medida e publicou texto semelhante nas redes
sociais.
A
decisão do tribunal colombiano ampliou a permissão já existente desde 2006 para
casos em que há risco de morte para a mulher, má formação fetal e gravidez por
estupro. Agora, as mulheres colombianas poderão interromper a gestação até esse
período por qualquer motivo, sem punição.
A
interrupção da gravidez após a 24ª semana que não atenda os requisitos já
previstos na lei de 2006 permanece sendo crime no Código Penal colombiano.
Bolsonaro,
que afirma ser católico, disse anteriormente que enquanto for presidente não
haverá aborto no país. Durante a campanha presidencial, já havia dito que vetaria uma decisão do Congresso sobre o assunto.
Com
a decisão, a Colômbia se tornou o 6º país a descriminalizar o aborto na América
Latina. A interrupção da gravidez até determinado estágio também é legalizada
no México (durante toda a gestação), Argentina (até a 14ª semana), Cuba (10ª
semana), Guiana e Uruguai (ambos até a 12ª semana).
PoderData
Pesquisa PoderData,
realizada de 2 a 4 de janeiro de 2022, indicou que 55% dos brasileiros são contra a liberação do aborto. A
taxa se manteve estável em relação ao levantamento realizado em janeiro de
2021, quando 58% eram contrários, considerando-se a margem de erro de 2
pontos percentuais do levantamento.
A
parcela dos que se dizem favoráveis à legalização da prática diminuiu 7 pontos
percentuais em 1 ano –de 31% para 24%. O percentual daqueles que não sabem como
responder cresceu. Agora, são 20%; na pesquisa de 1 ano atrás, eram 10%.
Para ler mais acesse, www: professortacianomedrado.com
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