Da Redação
BELÉM,
PA (FOLHAPRESS) - A Polícia Federal realizou nesta sexta-feira (3) em Belém, no
Pará, uma operação de busca e apreensão de celulares e documentos na residência
de duas pessoas suspeitas de fraudar o Enem (Exame Nacional de Ensino Médio),
que ocorreu nos dias 21 e 28 de novembro.
Um
estudante que prestava o exame no município de Benevides, a 25 km de Belém,
teria sido beneficiado por um esquema ilegal que consistia em fotografar as
questões com o celular e enviá-las para especialistas nos temas da prova
responderem.
Já
o outro suspeito investigado teria ficado responsável por pagar os
especialistas via Pix, em tempo real.
O
Ministério Público Federal não divulgou a identidade do estudante que teria
participado do esquema, mas estima que pelo menos nove pessoas estiveram
envolvidas na fraude.
Isso
porque a PF encontrou na casa de um dos suspeitos um caderno com o gabarito do
exame com sete chaves de Pix anotadas nele, cada uma de uma pessoa diferente.
Segundo
a Procuradoria, o esquema teria sido denunciado por um dos especialistas
contratados. "Antes da prova, ele foi procurado por uma pessoa que se
apresentou como estudante e pediu que o especialista resolvesse questões do
estilo das aplicadas pelo Enem".
Na
manhã do último domingo (28), um dos suspeitos teria enviado o pagamento ao
especialista, informando que à tarde seriam enviadas as questões e que o
estudante precisava das respostas até as 17h.
Fotos
de um caderno de questões do Enem foram enviadas ao especialista no início da
tarde, e na maioria das imagens tinha sido apagada a informação do ano de
aplicação da prova. No entanto, os suspeitos deixaram escapar uma das páginas,
que constava a informação de que o caderno era da edição de 2021 do exame.
Também
faz parte da investigação a apuração sobre outra suspeita apontada pelo
Ministério Público Federal: a de que não houve controle da entrada ou
fiscalização adequada de celulares nas provas aplicadas na escola de Benevides
onde o estudante suspeito participou do exame, para facilitar a execução da fraude.
Atualmente,
todos os celulares de estudantes que participam do Enem precisam ser
desligados, lacrados e colocados debaixo das mesas antes do início da prova.
Agora,
a equipe de investigadores vai fazer a perícia nos materiais apreendidos.
Segundo a legislação, a pena por fraudes em concursos públicos pode chegar a
quatro anos de prisão, além de multa.
Para ler mais acesse, www: professortacianomedrado.com
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