A
Polícia Federal enviou ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) pedido de prisão
do padre Robson de Oliveira, investigado por suspeita de desvio de dinheiro da
Afipe (Associação Filhos do Pai Eterno), em Goiás. O religioso era reitor do
Santuário Divino Pai Eterno, principal ponto de peregrinação de católicos no
estado.
De
acordo com as investigações, as associações criadas pelo religioso movimentaram
mais de R$ 100 bilhões em doações de fiéis. Os valores deveriam ter sido usados
na construção da nova Basílica de Trindade, a maior do estado goiano. Porém,
como dinheiro, entre outras coisas, o padre teria comprado fazendas, casa na
praia e até um avião, segundo o Ministério Público de Goiás.
A
informação do pedido de prisão foi confirmada pela defesa de Robson, que
destacou que os fatos usados para fazer o pedido são antigos e que não há
justificativa para a prisão. Religioso era investigado por desvio de dinheiro
da Afipe. O caso está sob responsabilidade do ministro-relator Benedito
Gonçalves. O STJ não informou se há definição sobre o acolhimento do pedido.
"A
defesa compreende que a representação padece da falta de consistência jurídica,
pois os fatos invocados são antigos e já foram inclusive divulgados pela mídia.
Não há nada que justifique essa pretensão. Por hora a defesa expressa sua
confiança no Poder Judiciário. Não estamos nem sequer preparando o habeas
corpus preventivo —entraremos com habeas corpus caso sejamos surpreendidos com
o deferimento", afirmou a defesa.
A
motivação do pedido de prisão foi um áudio anexado ao processo que indicaria
compra de sentença favorável ao religioso na Justiça de Goiás. A investigação
contra o padre Robson de Oliveira começou quando ele era reitor do Santuário
Basílica do Divino Pai Eterno. Após a divulgação desses áudios, toda
investigação foi encaminhada para o STJ.
Em
outubro de 2020, a Justiça determinou que as investigações fossem
interrompidas. Após recursos, o caso foi para o STJ, que em maio deste ano,
manteve a investigação bloqueada. À época, o desembargador Olindo Menezes
considerou que as provas usadas pelo Ministério Público durante a operação
foram compartilhadas de maneira ilegal de outra apuração.
O
Ministério Público informou que o julgamento ainda está pendente e que a
legalidade ou não das provas obtidas ainda não foi analisada. "O objeto de
recurso é a tipicidade/atipicidade dos fatos (se há crime ou não há praticado
por Robson e os demais)", diz.
A
denúncia é decorrente da Operação Vendilhões, que cumpriu mandados em agosto de
2020 para apurar os desvios. Robson e outras 17 pessoas foram denunciadas por
organização criminosa, apropriação indébita, falsidade ideológica e lavagem de
dinheiro doado por fiéis.
Com informações da Agência Brasil
Para ler mais acesse, www: professortacianomedrado.com
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