COVID: MÉDICA QUE DEFENDE USO DA HIDROXICLOROQUINA É SUSPENSA PELO EINSTEIN.



Da:  Redação
Prof. Taciano Medrado

Prezado(a)s Leitore(a)s,

A Médica que defendeu a hidroxicloroquina, como forma de tratamento para a covid-19, a oncologista e imunologista Nise Yamaguchi afirmou que foi suspensa pelo Hospital Albert Einstein, em São Paulo, onde trabalha, durante entrevista ao jornalista Roberto Cabrini, no "SBT Brasil". "Eu recebi uma ligação do diretor clínico do hospital me informando que, a partir deste momento, eu não poderia exercendo as minhas funções no hospital, não poderia estar prescrevendo e nem atendendo aos meus pacientes que já estão internados

"Eles acreditam que a minha fala em prol da hidroxicloroquina não tem fundo científico denigre o hospital, porque todo mundo relaciona a minha presença à imagem do hospital. E eu sempre tenho colocado que eu não falo pelo hospital. Eu faço a defesa da hidroxicloroquina porque eu tenho certeza que ela cura nas fases iniciais", acrescentou. (Assista ao vídeo acima) 

Ao UOL, a assessoria do Hospital Albert Einstein justificou o afastamento devido a uma "analogia infeliz e infundada entre o pânico provocado pela pandemia e a postura de vítimas do holocausto" ao declarar, em entrevista à TV Brasil, que "você acha que alguns poucos militares nazistas conseguiriam controlar aquela massa de judeus famintos se não os submetessem diariamente a humilhações, humilhações, humilhações..."

"Como se trata de manifestação insólita, o hospital [entendeu] por bem averiguar se houve mero despropósito destituído de intuito ofensivo ou manifestação de desapreço motivada por algum conflito. Durante essa averiguação, que deve ser breve, o hospital não esperava que o fato viesse a público", lamenta o hospital.

"A expectativa do hospital é a de que o incidente tenha a melhor e mais célere resolução, de modo a arredar dúvidas e remover desconfortos", conclui, sem dar prazo de quanto tempo a médica ficará suspensa. (Leia o comunicado do Hospital Albert Einstein, na íntegra, abaixo).

Nise Yamaguchi é considerada uma das principais defensoras do uso do medicamento em pacientes leves e moderados com coronavírus e já afirmou que o medicamento deveria ser usado em pacientes que ainda não tivessem sido internados.

Ela foi, inclusive, um dos nomes cotados para ocupar a vaga de Nelson Teich no Ministério da Saúde do governo de Jair Bolsonaro (sem partido). Na época, ela chegou a dizer em entrevista ao UOL que aceitaria o convite caso fosse convidada pelo presidente.

Nas redes sociais, bolsonaristas protestaram contra a suspensão da médica e pesquisadora do Hospital Albert Einstein.

Nos Estados Unidos, o país que catapultou a hidroxicloroquina globalmente como uma possibilidade de tratamento aos infectados com o novo coronavírus, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) e o Instituto Nacional de Saúde do país retiraram o medicamento, originalmente criado para combater malária, do coquetel de drogas recomendados contra a covid-19.

E, há quase um mês, a agência reguladora de medicamentos e alimentos (FDA, na sigla em inglês), revogou a autorização de uso emergencial, dada em março, para que os hospitais americanos ministrassem hidroxicloroquina aos pacientes com covid-19.

Desde o início da pandemia, cientistas do mundo todo têm feito testes para avaliar a eficácia e segurança da cloroquina e da hidroxicloroquina contra o novo coronavírus (Sars-CoV-2), mas até hoje não há consenso na comunidade científica.

Leia o comunicado do Einstein: 

Com relação a declarações prestadas pela Dra. Nise Yamagushi, o Hospital Israelita Albert Einstein tem a esclarecer o seguinte: 

1. O hospital respeita a autonomia inerente ao exercício profissional de todos os médicos, jamais permitindo restrições ou imposições que possam impedir a sua liberdade ou possam prejudicar a eficiência e a correção de seu trabalho.

2. A Dra. Nise Yamagushi faz parte do corpo clínico do Hospital, sendo admissível que perfilhe entendimento próprio com relação ao atendimento de seus pacientes ou à sua postura em face da pandemia ora combatida, desde que observe as regras relacionadas ao uso da sua condição de integrante do Corpo Clínico em sua comunicação.

3. Trata-se, contudo, de hospital israelita e a Dra. Nise Yamagushi, em entrevista recente, estabeleceu analogia infeliz e infundada entre o pânico provocado pela pandemia e a postura de vítimas do holocausto ao declarar que "você acha que alguns poucos militares nazistas conseguiriam controlar aquela MASSA DE REBANHO de judeus famintos se não os submetessem diariamente a humilhações, humilhações, humilhações”..

4. Como se trata de manifestação insólita, o hospital houve por bem averiguar se houve mero despropósito destituído de intuito ofensivo ou manifestação de desapreço motivada por algum conflito. Durante essa averiguação, que deve ser breve, o hospital não esperava que o fato viesse a público.

A expectativa do hospital é a de que o incidente tenha a melhor e mais célere resolução, de modo a arredar dúvidas e remover desconfortos.

Fonte: Uol noticias

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