Foto divulgação
Da Redação
A
campanha do presidente Jair Bolsonaro (PT) pediu ao Tribunal Superior Eleitoral
(TSE) que conceda direito de resposta ao candidato à reeleição devido a uma
acusação feita pela propaganda eleitoral na tevê do ex-presidente Luiz Inácio
Lula da Silva (PT) apontada como falsa.
O
pedido de direito de resposta alega que vídeo da campanha do petista veicula
"gravíssimas ofensas à honra e à imagem do presidente da República e de
sua família" ao afirmar que foram gastos 25,6 milhões de reais em dinheiro
vivo na compra de imóveis pela família Bolsonaro.
A
quantia, na verdade, se refere ao valor total, e não apenas ao que foi pago em
dinheiro vivo, para a aquisição de imóveis por Bolsonaro e familiares, de
acordo com reportagem do portal UOL que revelou originalmente as negociações.
"Achincalhou-se
a imagem do presidente Jair Bolsonaro e de seus familiares, com intenção vil e
rasteira, reproduzindo-se versão mentirosa de fatos objetivamente e dolosamente
modificados", diz o pedido oferecido à corte eleitoral pela campanha de
Bolsonaro.
A
ação aponta que os fatos já teriam sido desmentidos pelo UOL, e cita texto de
checagem de fatos do próprio veículo de imprensa.
"A
propaganda do PT sobre o uso de dinheiro vivo para compra de imóveis pela
família Bolsonaro erra ao citar de forma imprecisa um número referente às
transações reveladas pelo UOL em 30 de agosto. Diferentemente do que dá a
entender a peça, a família Bolsonaro não pagou 25,6 milhões de reais em
dinheiro vivo --em valores atualizados-- para a compra de imóveis. Na verdade,
este número corresponde ao valor do total das transações de imóveis com uso
total ou em parte de dinheiro vivo, com correção monetária", diz a
reportagem, transcrita pelo pedido de direito de resposta.
Segundo
o portal, a parte dos imóveis adquirida com dinheiro vivo equivale, a partir de
correção monetária pelo IPCA, a cerca de 11,1 milhões de reais, de um total de
25,6 milhões de reais gastos no total com os imóveis.
O
pedido de resposta solicita que seja conferido à campanha de Bolsonaro tempo
equivalente ao que foi dedicado às acusações e na mesma quantidade de vezes em
que o vídeo foi veiculado nas inserções. Também pede que a resposta possa ser
divulgada no mesmo horário e meio em que as inserções foram originalmente veiculadas.
Procurada,
a campanha de Lula não respondeu de imediato a um pedido de comentário sobre a
ação.
(Com
informações de Maria Carolina Marcello e Ricardo Brito/ Reuters)
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