Foto: agência Brasil
Em
decisão do ministro Paulo de Tarso Sanseverino, o Tribunal Superior Eleitoral
(TSE) determinou que a deputada
federal Gleisi Hoffmann (PT-PR) apague uma publicação nas redes
sociais que associa o presidente Jair Bolsonaro (PL) a um
assassinato cometido na última semana em Mato Grosso.
Na
postagem, já removida, a presidente do Partido dos Trabalhadores trata
Bolsonaro como “mandante” do crime contra o militante petista Benedito Cardoso
dos Santos.
Gleisi
Hoffmann escreveu na postagem que conversou “com o irmão do Benedito Cardoso
dos Santos, barbaramente torturado e assassinado por um ‘bolsonarista’ em MT.
Vamos acompanhar juridicamente o caso para que o assassino seja punido. Mas
queremos da Justiça Eleitoral providências para o mandante do crime: Jair
Bolsonaro”.
A
representação contra Gleisi no TSE foi apresentada pela Coligação Pelo Bem do
Brasil, de Bolsonaro, alegando que a postagem foi visualizada por milhares de
pessoas.
Segundo
o ministro do TSE, ficou demonstrada de forma suficientemente satisfatória que
a manifestação é capaz de ofender a honra do candidato Jair Bolsonaro ao responsabilizá-lo como mandante de um crime de assassinato. Paulo de Tarso
Sanseverino deu ainda um prazo de dois dias para Gleisi apresentar defesa e o
mesmo período para o Ministério Público Eleitoral se manifestar.
“Observo
que a representante logrou demonstrar de forma suficientemente satisfatória que
a manifestação impugnada é, em tese, capaz de conspurcar a honra do candidato
Jair Bolsonaro, porquanto o associa — ou responsabiliza, como mandante — ao
crime de assassinato”, diz um trecho da decisão.
Sobre
o crime
Na
quinta-feira 8, um homem identificado como Benedito Cardoso dos Santos, 42
anos, foi assassinado com golpes de machado e faca, na zona rural da cidade de
Confresa, em Mato Grosso. Relatos de pessoas próximas dão conta que o motivo
teria sido um desentendimento político.
Santos
era apoiador declarado de Lula (PT). Já o autor do crime é Rafael Silva de
Oliveira, 22 anos, simpatizante do presidente Jair Bolsonaro. Conforme a
Polícia Civil de Mato Grosso, ambos trabalhavam juntos cortando lenha em uma
propriedade.
Fonte: Revista Oeste
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