O
presidente de Belarus,
Alexander Lukashenko, declarou nesta sexta-feira (4) que seu exército não está
participando e não irá fazer parte da operação militar da Rússia na Ucrânia. As informações são da
agência Reuters/ A Referência.
Aliado de primeira ordem do Kremlin, Lukashenko relatou ter tido uma longa
conversa com o presidente Vladimir Putin por telefone na sexta. A Rússia usou
o território
belarusso para coordenar uma invasão multifacetada à Ucrânia.
No
começo de fevereiro, Moscou deslocou um contingente recorde de tropas e
equipamentos para Belarus, dando início a exercícios militares conjuntos. Minsk
alegou que os exercícios seriam uma resposta justa ao aumento das tropas na
Polônia e nos Estados bálticos membros da Otan (Organização do Tratado do
Atlântico Norte), quais sejam Estônia, Letônia e Lituânia.
No
fim do mês, durante reunião da
Otan, líderes da aliança militar condenaram “nos
termos mais fortes possíveis” a invasão
em larga escala da Rússia à Ucrânia possibilitada por Belarus.
A Embaixada
Popular de Belarus no Brasil, que faz oposição ao presidente do país, Aleksander
Lukashenko, declarou que condena veementemente a participação das tropas
belarussas na incursão coordenada pelo Kremlin. “O povo não apoia isso.
Infelizmente, pelo visto, [Lukashenko] vendeu a nossa soberania”, disse a
embaixada.
Sviatlana
Tsikhanouskaia, líder da oposição que foi forçada ao exílio na
vizinha Lituânia após
perder as eleições presidenciais com indícios de fraude que levaram Lukashenko
ao sexto mandato consecutivo, disse que o líder de seu país e seu regime
compartilham totalmente a responsabilidade pela guerra com o presidente russo.
Por
que isso importa?
A
escalada de tensão entre Rússia e Ucrânia, que culminou com a efetiva invasão
russa ao país vizinho no dia 24 de fevereiro, remete à anexação da Crimeia pelos russos, em
2014, e à guerra em Donbass, que começou naquele mesmo ano e se estende até
hoje.
O
conflito armado no leste da Ucrânia opõe o governo central às forças
separatistas das autodeclaradas Repúblicas Populares de Donetsk e Lugansk, que
formam a região de Donbass e foram oficialmente reconhecidas como territórios
independentes por Moscou. Foi o suporte aos separatistas que Putin usou como
argumento para justificar a invasão, classificada por ele como uma “operação
militar especial”.
“Tomei
a decisão de uma operação militar especial”, disse Putin pouco depois das 6h de
Moscou (0h de Brasília) de 24 de fevereiro, de acordo com o site
independente The Moscow Times. Cerca de 30 minutos depois, as primeira
explosões foram ouvidas em Kiev, capital ucraniana, e logo em seguida em
Mariupol, no leste do país, segundo a agência AFP.
Desde
o início da ofensiva, as forças da Rússia caminham para tentar dominar Kiev,
que tem sido alvo de constantes bombardeios. O governo da Ucrânia e as nações
ocidentais acusam Moscou de atacar inclusive alvos
civis, como hospitais e escolas, o que pode ser caracterizado como crime de
guerra ou contra a humanidade.
Fora
do campo de batalha, o cenário é desfavorável à Rússia, que tem sido alvo de
todo tipo de sanções. Além das esperadas punições financeiras impostas pelas
principais potencias globais, que já começaram a sufocar a economia russa, o
país tem se tornado um pária global. Representantes russos têm sido proibidos
de participar de grandes eventos em setores como esporte, cinema
e música.
De
acordo com o presidente dos EUA, Joe Biden, as punições tendem a aumentar o
isolamento da Rússia no mundo. “Ele não tem ideia do que está por vir”, disse o
líder norte-americano, referindo-se ao presidente russo Vladimir Putin. “Putin
está agora mais isolado do mundo do que jamais esteve”.
Para ler mais acesse, www: professortacianomedrado.com
AVISO: Os comentários são de responsabilidade dos autores e não representam a opinião do Blog do professor Taciano Medrado. Qualquer reclamação ou reparação é de inteira responsabilidade do comentador. É vetada a postagem de conteúdos que violem a lei e/ ou direitos de terceiros. Comentários postados que não respeitem os critérios podem ser removidos sem prévia notificação.
Postar um comentário