Da Redação
O
ministro da defesa, walter braga netto, já se filiou ao pl de valdemar costa
neto. ele deve disputar a campanha ao lado do presidente jair bolsonaro (pl),
como seu vice. as informações são de Julia Chaib e Marianna Holanda/folha
Press.
Apesar
da filiação ao PL, o ministro ainda é cortejado por outras legendas, como o PP.
Havia uma tentativa do entorno do presidente de tentar uma composição com
outras siglas. A expectativa é a de que a vice pudesse ser de alguém filiado ao
partido de Ciro Nogueira (PP), ministro da Casa Civil.
Se
Braga Netto se mantiver no PL e concorrer como vice de Bolsonaro, será chapa
"puro -sangue" -uma raridade em disputas eleitorais, em especial pela
Presidência da República.
O
entorno do general diz que tudo pode acontecer até o prazo de desincompatibilização,
em 2 de abril. Na data, ele terá de deixar o comando da pasta, se quiser
concorrer, assim como todos os outros ministros.
Braga
Netto não compareceu ao evento do PL neste domingo, que teve clima de comício
eleitoral, com a presença do presidente.
Segundo
integrantes do governo e organizadores do evento, isso se deu por dois motivos:
por estar à frente da Defesa ainda e para evitar caracterizar o evento como
lançamento de chapa.
A
ausência do ministro foi combinada com a campanha e com o próprio presidente,
para evitar gerar atritos. Ainda que Braga Netto não tenha participado do ato
que na prática lançou a candidatura, ele é dado como certo na chapa
presidencial, segundo aliados.
O
ministro João Roma (Cidadania), que se filiou ao PL e foi ao ato neste domingo,
disse que nada é imutável, mas que está muito claro sobre o general ser vice.
"O
presidente já deu sinalizações, mas acho que nada é imutável. Ele tem muitas
opções salutares. Mas, pelo que se falou, acho que está muito clara sinalização
que ele [Bolsonaro] deu, disse que seria ministro e pelo que eu soube de Minas
[Gerais]. Só falta dizer a cor dos olhos", afirmou.
Na
semana passada, em entrevista à Jovem Pan, Bolsonaro disse que seu vice seria
mineiro. "Tenho que ter um vice que não tenha ambições de assumir a minha
cadeira ao longo de um mandato. Por isso posso adiantar que hoje em dia, por
coincidência, o vice é de Minas Gerais", disse.
Outro
nome cotado para assumir o posto foi o da ministra da Agricultura, Tereza
Cristina (PP), que deixará o governo para disputar a vaga do Senado por Mato
Grosso do Sul.
O
anúncio do evento desta manhã tinha sido reestruturado após alerta da equipe
jurídica de que não há previsão legal para lançamento de pré-candidatura, mas
teve clima de comício antecipado.
Em
seu discurso, Bolsonaro disse que a eleição de outubro não é luta da esquerda
contra a direita, mas "do bem contra o mal", em referência ao
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), à frente nas pesquisas de
intenção de voto.
"O
nosso inimigo não é externo, é interno. Não é luta da esquerda contra a
direita, é do bem contra o mal. E nós vamos vencer essa luta, porque estarei
sempre na frente de vocês", disse Bolsonaro durante evento do PL.
Enquanto
falava, tinha ao seu lado o ministro Augusto Heleno (GSI). Ele e o almirante
Bento Albuquerque foram os únicos militares do primeiro escalão do governo a
participar do evento.
Os
organizadores alteraram o material de divulgação e passaram a chamar o evento
de "Movimento Filia Brasil". Mas o próprio Bolsonaro, no sábado,
disse que o evento era um lançamento de pré-candidatura.
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