ECONOMIA: Dólar cai para R$ 4,75 com negociações entre Rússia e Ucrânia

Foto; crédito - Tacilla Medrado

Investidores demonstravam otimismo na manhã desta terça-feira (29) com avanços nas negociações de paz entre Rússia e Ucrânia. Bolsas da Europa e dos Estados Unidos negociavam em alta e a maior parte das moedas de países emergentes subia frente ao dólar, indicativos de que o mercado está disposto a assumir riscos. As informações são de Clayton Castelani/FolhaPress.

No mercado de câmbio do Brasil, às 11h25, o dólar recuava 0,92%, a R$ 4,73. Mais cedo, chegou a cair a R$ 4,7160. No exterior, o rublo russo apresentava ganho de 8,35% à vista frente ao dólar, ocupando a melhor colocação entre as moedas de países emergentes.

A Bolsa de Valores brasileira tinha um dia de recuperação. O Ibovespa subia 0,88%, a 119.787 pontos. O principal destaque positivo era o avanço de 2,03% nas ações mais negociadas da Petrobras.

No primeiro pregão após a indicação do economista Adriano Pires para substituir o general Joaquim Silva e Luna no comando da companhia, o viés positivo das negociações dos papéis da empresa era um sinal de aprovação ao escolhido pela gestão do presidente Jair Bolsonaro (PL).

A recuperação da Petrobras resistia até mesmo à queda de 4,93% do barril do petróleo Brent, cotado a US$ 106,94. Apesar de refletir o otimismo com as negociações sobre a guerra na Ucrânia, a desvalorização de uma das principais matérias-primas exportadas pelo Brasil pode ter impacto negativo na Bolsa.

Na véspera, a queda de aproximadamente 10% do preço do petróleo no mercado internacional ditou o ritmo do câmbio e da Bolsa no Brasil.

Um lockdown em Xangai devido ao avanço da Covid-19 na China e a expectativa de novas conversas entre Rússia e Ucrânia criaram a atmosfera para a desvalorização da matéria-prima devido a preocupações sobre redução de demanda por paralisações nas cadeias de suprimentos em um remoto cenário de aumento da oferta russa em caso de um cessar-fogo.

Ao lado dos juros altos, o setor de commodities é um grande atrativo do Brasil para os dólares de investidores estrangeiros.

O Ibovespa fechou a segunda-feira (28) em queda de 0,29%, a 118.737 pontos. A estatal Petrobras perdeu de 2,17% nas suas ações mais negociadas e, com isso, foi a principal responsável pela baixa do índice de referência da Bolsa após oito pregões no azul.

No final da sessão, o mercado também passou a digerir a demissão do presidente da Petrobras, general Joaquim Silva e Luna, após uma série de desgastes com o presidente Jair Bolsonaro em razão do mega-aumento dos preços nos combustíveis.

Refletindo esse cenário de baixa na Bolsa, o dólar fechou em alta de 0,56%, subindo a R$ 4,7740. A moeda americana teve a primeira alta após as oito quedas consecutivas que a tinham colocado na menor cotação desde o início da pandemia de Covid-19, em março de 2020.

Nesta terça, o mercado estará atento às restrições impostas pela China à circulação de pessoas em Xangai, cidade com 25 milhões de habitantes. O lockdown, anunciado no domingo (27), está previsto para durar nove dias.

Uma paralisação severa na China reaviva o temor de que o avanço da Covid-19 possa criar transtornos à cadeia global de suprimentos.

Além disso, também há preocupação no mercado de petróleo com uma eventual ampliação da oferta, hoje ameaçada pelas restrições impostas à produção da Rússia. Barreiras que poderiam cair ou ser amenizadas em caso de um cessar-fogo na guerra da Ucrânia.

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