De
acordo com os dados divulgados nesta segunda-feira (31) pelo governo, o saldo
decorre de 20,6 milhões de admissões e 17,9 milhões de desligamentos. As informações são
do FolhaPress.
O saldo mostra uma reversão em relação a 2020, quando o resultado foi de 191,5 mil desligamentos. Naquele ano, o país enfrentava um momento mais severo na economia devido à chegada da Covid-19 e as consequentes medidas de distanciamento social.
O
setor de serviços liderou a abertura de vagas, com criação de 1,2 milhão de
postos. Nesse caso, abriu vagas principalmente o segmento de informação,
comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e
administrativas (com 663,8 mil postos criados).
O
setor de serviços apresenta melhora em relação ao ano anterior principalmente
pela reabertura das atividades em relação a 2020, quando as medidas de
isolamento social estavam em nível mais rígido.
Em seguida na lista de desempenho por setor, estão comércio (abertura de 643,7 mil postos), indústria (475,1 mil postos), construção (244,7 mil) e agricultura (140,9 mil).
Todas
as regiões registraram criação de vagas no ano. O Sudeste lidera com 1,3 milhão
de postos criados, seguido por Sul (480,7 mil), Nordeste (474,5 mil),
Centro-Oeste (263,3 mil) e Norte (154,6 mil).
Apesar
da criação de vagas, o salário médio real de admissão teve queda real de 6% em
relação a um ano atrás --para R$ 1.793,34.
Bruno
Dalcolmo, secretário-executivo de Trabalho e Previdência, afirmou que "não
há uma preocupação em relação a isso". Segundo ele, em momentos de crise
econômica os salários médios sobem pois as empresas contratam quem tem
especialização maior; e em momentos de recuperação acontece o inverso, com
empresas contratando empregados com nível menor de instrução.
"Claro
que uma queda de salários não pode ser dita como bem recebida, mas a gente
entende como movimento natural de uma economia que se aquece e gera mais
empregos, e é natural o movimento de redução de salário médio de
contratação", afirmou.
Luís Felipe de Oliveira, secretário do Trabalho, afirmou que há mais pessoas procurando emprego e encontrando em um momento ainda de pandemia e restrições de produção.
"Muitos
diziam que haveria uma pressão na retomada pelo fato de as pessoas voltarem a
buscar emprego e não encontrarem, [mas] o que temos visto é que tem caído quase
meio ponto percentual a cada mês a taxa de desemprego [considerando a Pnad
Contínua, do IBGE]", afirmou.
Os
dados do Caged têm mostrado diferença entre o resultado divulgado a cada mês
pelo governo e revisões feitas posteriormente.
O governo revisou os dados do mercado de trabalho em 2020, por exemplo. O ano, que registrava até então a criação de 75,9 mil vagas, passou a apresentar um corte líquido de vagas.
O resultado positivo no mês foi registrado apesar de um fechamento líquido em dezembro, o que é tradicional no Caged devido ao desligamento de temporários após as contratações em meses anteriores para a produção de fim de ano. Houve corte de 265 mil postos no mês.
O
ministro do Trabalho e Previdência, Onyx Lorenzoni, disse que os dados foram
alcançados apesar de medidas tomadas por prefeitos e governadores para limitar
a pandemia e que estudos internacionais embasariam que tais políticas não
funcionaram -mas, quando tais estudos foram solicitados, o ministério não
enviou nenhum.
"Estão
aí estudos internacionais que mostram que o lockdown não funcionou, que o
lockdown foi um fracasso, e aquele discurso de fique em casa que a economia a
gente vê depois trouxeram resultados catastróficos para as nações que adotaram
de maneira absoluta", afirmou, sem detalhar.
Para ler mais acesse, www:
professortacianomedrado.com
AVISO: Os comentários são de responsabilidade dos autores e não representam a opinião do Blog do professor Taciano Medrado. Qualquer reclamação ou reparação é de inteira responsabilidade do comentador. É vetada a postagem de conteúdos que violem a lei e/ ou direitos de terceiros. Comentários postados que não respeitem os critérios podem ser removidos sem prévia notificação.
Postar um comentário