Da Redação
O ex-ministro
da Justiça e da Operação Lava Jato Sergio Moro revelou durante transmissão em uma rede
social realizada nesta sexta-feira (28), que recebeu US$ 45 mil por
mês durante um ano de contrato com o escritório de consultoria
estadunidense Alvarez & Marsal.
Segundo o G1, o escritório é responsável pela administração judicial de empreiteiras investigadas pela Lava Jato, como a Odebrecht, OAS e Galvão Engenharia. Essas empreiteiras foram alvos de investigação da Lava Jato e tiveram dirigentes condenados por Moro.
Além do valor mensal, ainda ganhou um "bônus de assinatura" de US$ 150 mil no período da consultaria. Desse número, Moro afirma ter devolvido R$ 67 mil. Considerando a soma dos valores informados pelo pré-candidato a presidência, os rendimentos de Moro na consultoria somaram cerca R$ 3,65 milhões.
A divulgação dos valores ocorreu somente após questionamento do Tribunal de Contas da União (TCU), que abriu procedimento para apurar possível conflito de interesses na relação entre o ex-juiz e o escritório
O conflito de interesses está sendo investigado pelo TCU porque após Moro deixar o Ministério da Justiça, em abril de 2020, o ex-juiz da Lava Jato foi anunciado como diretor da consultoria americana de gestão de empresas Alvarez & Marsal, em novembro de 2020.
Na perspectiva do subprocurador-geral do Ministério Público junto ao TCU, Lucas Furtado, Moro pode ter cometido a prática ilegítima de "revolving door", na qual um agente público migra para o setor privado na mesma área de atuação e repassa informações privilegiadas que podem beneficiar seus clientes.
Além
dessa, também pode ter cometido "lawfare", que ocorre quando há
uma utilização estratégica do sistema jurídico para se beneficiar.
Diante
do posicionamento do MP junto ao TCU, o ministro da corte de contas Bruno
Dantas determinou que o escritório Alvarez & Marsal revele tanto os serviços
prestados quanto os valores pagos ao Moro.
Para ler mais acesse, www:
professortacianomedrado.com
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