Crianças assistidas pelo
Programa Mundial de Alimentos no distrito de Yako, Burkina Faso, em dezembro de
2019 (Foto: Unicef/Vincent Tremeau)
Da Redação
A
pandemia de Covid-19 prejudicou
décadas de esforços para o alcance da Agenda 2030 dos Objetivos de
Desenvolvimento Sustentável no planeta. Em um novo relatório, a FAO
(Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura) revela
que entre 83 milhões e 132 milhões de pessoas foram empurradas para a fome
crônica em 2020.
O
documento da agência foi divulgado para coincidir com a Conferência
da ONU sobre Sistemas Alimentares, que acontece nesta quinta-feira (23),
em Nova York. O evento busca chamar a atenção global para a urgência de uma
reforma na produção e distribuição
de alimentos e também para a importância de se erradicar a fome e
reduzir doenças relacionadas à má alimentação.
O
chefe de Estatísticas da FAO, Pietro Gennari, declarou que a situação é
“alarmante” e que, agora, ficou mais difícil alcançar a Agenda 2030.
Praticamente
14% dos alimentos são perdidos ao longo da cadeia de abastecimento, isso antes
de mesmo de chegar aos consumidores. Produtores de pequena escala continuam na
desvantagem, e as mulheres dos países em desenvolvimento ganham menos do que os
homens, mesmo quando produzem mais.
A pandemia e as
medidas de confinamento para conter a transmissão do novo coronavírus
tiveram também um impacto na volatilidade
dos preços dos alimentos, que aumentaram.
O
relatório destaca ainda que a escassez
de água é muito alta em várias regiões do mundo, o que também ameaça
os progressos para o desenvolvimento sustentável.
Mas
o documento relaciona alguns avanços do setor: implementação
de decisões para combater a pesca ilegal, manejo sustentável de
florestas, políticas para eliminar o subsídio das
exportações agrícolas e investimentos para ampliar a produtividade em
países em desenvolvimento.
A agência recomenda
aos países uma séria de medidas, incluindo aumentar o investimento na
agricultura, apoiar pequenos produtores e adotar medidas para conter a alta no
preço dos alimentos.
Conteúdo
adaptado do material publicado originalmente pela ONU News
Para ler mais acesse, www: professortacianomedrado.com
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