ECONOMIA: MOEDAS E NOTAS ESTÃO COM OS DIAS CONTADOS

 

foto ilustração internet/Google
Da Redação
Prof. Taciano Medrado

As medidas de isolamento social e a crise financeira por conta da pandemia do novo Coronavírus reduziram o uso de dinheiro em espécie no Brasil, e os pagamentos em notas e moedas devem diminuir 19% neste ano. A estimativa é da consultoria Euromonitor, em comparação com os números de 2019. O número de transações eletrônicas, por outro lado, vem registrando seguidas altas. 

Segundo a Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico (camara-e.net), as compras eletrônicas tiveram um aumento de 87,6% somente em agosto na Grande Vitória, em relação ao mesmo mês do ano passado, movimentando um total de R$ 122,2 milhões no mês

O volume de pedidos pela internet também registrou evolução na região: foram 272 mil em agosto, ascensão de 61,8%, ante o mesmo mês de 2019, segundo o Movimento compre & confie 

Em meio à disparada no número de transações eletrônicas, até a última sexta-feira, 25 milhões de pessoas já haviam realizado o cadastro no Pix, sistema de transferências instantâneas do Banco Central que vai começar a operar no mês que vem e será ofertado pelos maiores bancos do País

A expectativa é de que a ferramenta diminua ainda mais o número de transações em dinheiro, já que será possível fazer pagamentos em tempo real mesmo nos comércios.

Para especialistas, é questão de tempo para que as transações digitais passem a ser a principal forma de pagamento no dia a dia, e o dinheiro em espécie seja cada vez menos utilizado.

“A circulação de dinheiro tende a diminuir gradativamente, e no futuro as transações serão todas eletrônicas. Isso vem em curso desde que a internet começou a entrar nas nossas vidas. Mas o tempo que isso vai levar ainda não é mensurável”, opinou a economista e professora da Fucape Arilda Teixeira.

Segundo ela, um dos fatores determinantes para isso é o grau de desenvolvimento do País.

“Em um país subdesenvolvido, há menos escolaridade e condições piores de moradia. Essas particularidades é que vão ditar o ritmo que um mercado ou outro vai diminuir a utilização do dinheiro físico”, concluiu a economista.

Dificuldade para produção

Desde o início da pandemia no Brasil, no final de março, o Banco Central vem enfrentando dificuldades para fabricar dinheiro em espécie no Paí

No início da crise, houve forte demanda por dinheiro físico por parte das famílias e das empresas. Em abril, o crescimento do meio circulante (dinheiro em posse da população e dos bancos) se acelerou para 13,8% em 12 meses, mais do que o dobro da velocidade habitual de expansão, de 6%

No início da crise, houve forte demanda por dinheiro físico por parte das famílias e das empresas. Em abril, o crescimento do meio circulante (dinheiro em posse da população e dos bancos) se acelerou para 13,8% em 12 meses, mais do que o dobro da velocidade habitual de expansão, de 6%

Além disso, os programas do governo para combate à crise, como o auxílio emergencial, a liberação de FGTS e o pagamento do benefício que complementa o salário de trabalhadores com jornada reduzida, também aumentaram a demanda por dinheiro em circulação

Uma das soluções encontradas pelo governo foi o lançamento da cédula de R$ 200, em agosto, devido às limitações da Casa da Moeda

Uma das explicações é a limitação do teto de gastos do governo, que também afeta o órgão emissor de dinheiro, que solicitou um aporte de R$ 113,8 milhões. 

Após a cédula entrar em circulação, em setembro, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que a nova nota de R$ 200 foi criada por falta de papel moeda

 

Fonte: Camara E-Net e especialistas. 


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