foto reprodução internet
Da: Redação
Prof.
Taciano Medrado
Prezado(a)s
Leitore(a)s,
A
crise gerada pela pandemia do coronavírus deverá atingir todas as áreas da
educação, mas ainda é cedo para saber quais serão seus impactos. A constatação
foi feita nesta quinta-feira (2) pelo pesquisador do Instituto Nacional de
Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Gustavo Henrique Moraes, durante
apresentação do relatório do 3º Ciclo de Monitoramento das Metas do Plano
Nacional de Educação/2020.
O
impacto financeiro da crise no Ministério da Educação (MEC) também foi
admitido. “O MEC se enfraquece um pouco diante da questão fiscal que o Brasil
vive”, disse o presidente do Inep, Alexandre Lopes.
Metas
O
PNE, como é conhecido, tem 20 metas que devem ser cumpridas 100% em um prazo de
10 anos, de 2014 a 2024. O relatório – que abrange os últimos dados de 2018 e
2019 – divulgado hoje aponta que dos 57 indicadores, apenas 13,4% tiveram a
meta atingida.
"Percebe-se
que 42 indicadores têm nível de alcance maior do que 50%, 26 indicadores têm
nível maior do que 80% e 6 indicadores já chegaram à meta estabelecida. O nível
médio de alcance está em 75%. Reconhecer esses números é rejeitar a compreensão
simplista que afirma que 'tudo vai mal na educação brasileira'; é reconhecer o
esforço coletivo dos profissionais da educação que, mesmo que enfrentem
adversidades, apostam na escola como o local da esperança e da transformação
nacional", ressalta o documento.
Os
dados apresentados mostram ainda que apenas 31 de 37 indicadores usados no
plano tiveram nível de execução inferior a 60%, mas 21% dos indicadores
retrocederam. Sobre o desempenho do Plano, o presidente do Inep disse que,
sozinho, o MEC não conseguirá executar todas as 20 metas do PNE até 2024 e
lembrou a importância do envolvimento dos estados, municípios, universidades,
institutos federais no cumprimento dos objetivos.
Adultos
O
pior resultado do relatório diz respeito à meta que estipula que pelo menos 25%
das matrículas na educação de jovens e adultos seja integrada à educação
profissional. "Aqui está nosso pior indicador: apenas 1,6% de matrículas
de jovens adultos estão integradas à educação profissional”, destacou Gustavo
Moraes.
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