Foto ilustração internet
Da Redação
Prof. Taciano Medrado
Olá caríssimo(a)s leitore(a)s,
Em meio a turbulência social, ao radicalismo extremo por que passa a nossa sociedade busquei trazer para os nossos queridos leitores um momento de reflexão. Aproveitando esse período de isolamento social tenho mergulhado no prazer da leitura e hoje compartilho com vocês esse belíssimo fragmento de texto extraído do Livro "O código da Inteligencia'" do renomado escritor psiquiatra e psicoterapeuta, Augusto Cury.
Boa leitura!!
PENSAR ANTES DE AGIR
Pensar antes de agir é uma das ferramentas mais
nobres de quem decifra os mais altos níveis do código da autocrítica. Nos
primeiros trinta segundos de tensão, cometemos os maiores erros da nossa vida.,
falamos palavras e temos gestos diante das pessoas que amamos que jamais deveríamos
expressar.
Nesse rápido intervalo de tempo, somos controlados
pelas zonas de conflitos que bloqueiam milhares de outras “janelas”, impedindo
o acesso de informações que nos subsidiariam a serenidade, a coerência,
intelectual, o raciocínio crítico.
Um intelectual pode dar uma conferência brilhante e
responder a todas as perguntas da plateia com maestria, mas quando um colega de
trabalho faz uma pergunta que o contraria, pode perder a serenidade da resposta.
Reagir sem elegância.
Quem não sabe fazer a oração dos sábios - o silencio - , em momentos de tensão não saberá preservar a sabedoria quando for ameaçado, criticado, injustiçado.
Se vivermos debaixo da ditadura da resposta, da necessidade compulsiva de reagir quanto pressionados, cometeremos erros, alguns muito graves. Vivemos em sociedade barulhenta, que frequentemente detesta o silencio. Cada vez mais percebemos que as pessoas estão perdendo o prazer de silenciar, se interiorizar, refletir, meditar.
O dito popular de "contar até dez" antes de reagir é imaturo, não funciona. O que se proponho é o "silencio filosófico". O silencio não é se aguentar para não explodir ; o silencio é o respeito pela própria inteligencia. É o respeito a própria liberdade , a de se obrigar a reagir em situações estressantes . Quem faz a oração dos sábios não é escravo do binômio "bateu-levou'.
Quem bate no peito e diz que não leva desaforos para casa, não decifrou o código de pensar nas consequência de seus atos. quem se orgulha de "vomitar" para fora tudo que pensa machuca quem mais deveria ser amado. não decifrou a linguagem do autocontrole.
Não existe relações perfeitas. não existe alma gêmeas, que tenha os mesmos gostos, pensamentos e opiniões iguais o tempo todo, a não ser no cinema. Decepções fazem parte do cardápio das melhores relações. Nesse cardápio precisamos do tempero do silencio para preparar o molho da tolerância.
Para conviver com máquinas não precisamos do silencio nem da tolerância, mas como seres humanos elas são fundamentais. Ambas são frutos nobres do código da autocritica, do código da capacidade de pensar antes de reagir. Preservam a sude psíquica, a consciência, a tranquilidade.
O silencia e a tolerância são o vinho dos fortes, a reação impulsiva é a embriaguez dos fracos. O silencia e a tolerância são as armas de quem pensa, a reação instintiva é a arma de quem não pensa. é muito melhor ser lento no pensar do que rápido em machucar.
É preferível conviver com uma pessoa simples, sem cultura acadêmica, mas tolerante, do que com um ser humano de ilibada cultura saturada de radicalismo, egocentrismo, estrelismo. Sabedoria e autocritica não se aprende nos bancos de uma escola ou numa universidade, mas no traçado da existência.
Para ler outras matérias acesse, www: professortacianomedrado.com
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