Da Redação
Prof. Taciano Medrado
Olá caríssimo(a)s leitore(a)s,
O Ministério da Justiça determinou à
Polícia Federal a instauração de um inquérito para apurar o vazamento de
supostos dados do presidente Jair Bolsonaro, seus filhos, ministros e aliados.
O pedido foi feito pelo ministro
André Mendonça após um perfil que se identifica como sendo do grupo de hackers
Anonymous Brasil ter anunciado na noite de segunda-feira (1º) o vazamento de
dados pessoais do presidente e de dois de seus filhos, o vereador Carlos
Bolsonaro (Republicanos-RJ) e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP).
Também foram expostas informações atribuídas à ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, ao ministro da Educação, Abraham Weintraub, e ao deputado estadual Douglas Garcia (PSL-SP). Pouco depois, as informações foram retiradas do ar.
Também foram expostas informações atribuídas à ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, ao ministro da Educação, Abraham Weintraub, e ao deputado estadual Douglas Garcia (PSL-SP). Pouco depois, as informações foram retiradas do ar.
"Determinei à PF a abertura de
inquérito para investigar vazamento de informações pessoais do presidente Jair
Bolsonaro, seus familiares e demais autoridades. As investigações devem apurar
crimes previstos no Código Penal, na Lei de Segurança Nacional e na Lei das
Organizações Criminosas", afirmou o ministro André Mendonça pelo Twitter.
O caso também está sendo apurado pelo
GSI (Gabinete de Segurança Institucional). Ao UOL, o diretor do Departamento de
Segurança da Informação (DSI), vinculado ao GSI, general de Brigada Antônio
Carlos de Oliveira Freitas, confirmou a investigação. Ele afirmou ainda que o
Twitter, plataforma por onde foram divulgadas as informações, agiu rápido para
derrubar as mensagens.
Os dados vazados, em sua maioria, são
públicos e estão disponíveis em informações prestadas pelos atingidos à Justiça
Eleitoral e a órgãos de controle da União.
O presidente ainda não se manifestou sobre os ataques.
O presidente ainda não se manifestou sobre os ataques.
O vereador Carlos Bolsonaro, em suas
redes sociais, vinculou a divulgação dos supostos dos dados ligados a ele aos
atos pró-democracia realizados no domingo (31) contra o presidente.
"A turma 'pró-democracia' vazou
meus dados pessoais e de outros na internet. Após vermos violações do direito à
livre expressão, agora ferem a privacidade. Sob a desculpa de 'combater o mal',
justificam seus crimes e fazem justamente aquilo que nos acusam, mas nunca
provam!", escreveu Carlos, em sua conta no Twitter.
O deputado estadual Douglas Garcia, também pela rede social, confirmou que seus dados são verdadeiros e disse que faria um boletim de ocorrência.
O deputado estadual Douglas Garcia, também pela rede social, confirmou que seus dados são verdadeiros e disse que faria um boletim de ocorrência.
Procurado pela reportagem, o grupo
afirmou que divulgou o número do CPF, telefones e Whatsapp, e-mails, endereços,
renda e bens. No site da Justiça Eleitoral, há uma lista dos bens e salários de
todos os políticos, mas dados pessoais não eram públicos.
"Os dados foram soltos no dia 1 de janeiro, às 21h30, pelo @AnonymouBrasil. Depois disso houve uma discussão com o Douglas [Garcia] e fomos suspensos", afirmou o grupo
Após o grupo ser suspenso pela rede social, eles já criaram um novo endereço. "Estávamos há 8 anos com o twitter @AnonymouBrasil, depois dos vazamentos do Bolsonaro, filhos e afiliados, a conta foi suspensa. Seguimos com essa secundária. #Anonymous #Antifascista".
Um outro perfil também criado pelo Anonymous chegou a publicar fotos de um dos documentos. Um deles mostra o registro de uma empresa digital, com capital social de R$ 1.000, em nome de Bolsonaro e dos filhos. O endereço não foi exposto, mas o grupo incluiu uma foto da casa onde a empresa estaria registrada.
"Os dados foram soltos no dia 1 de janeiro, às 21h30, pelo @AnonymouBrasil. Depois disso houve uma discussão com o Douglas [Garcia] e fomos suspensos", afirmou o grupo
Após o grupo ser suspenso pela rede social, eles já criaram um novo endereço. "Estávamos há 8 anos com o twitter @AnonymouBrasil, depois dos vazamentos do Bolsonaro, filhos e afiliados, a conta foi suspensa. Seguimos com essa secundária. #Anonymous #Antifascista".
Um outro perfil também criado pelo Anonymous chegou a publicar fotos de um dos documentos. Um deles mostra o registro de uma empresa digital, com capital social de R$ 1.000, em nome de Bolsonaro e dos filhos. O endereço não foi exposto, mas o grupo incluiu uma foto da casa onde a empresa estaria registrada.
Os ministros Abraham Weintraub
(Educação) e Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos), e o empresário
Luciano Hang tiveram e-mails, telefones, endereços, perfil de crédito, renda,
nomes de familiares e bens declarados.
"Estava refletindo em silêncio.
Todavia, ontem, eu, minha esposa e crianças tivemos celulares e dados pessoais
violados. Recebemos ameaças de morte e ofensas. Na madrugada anterior, objetos
foram atirados em nossa sala e mais ameaças (filmado e B.O.). Vejam o grupo que
nos ataca. Isso tem se repetindo pelo Brasil. Muitas famílias patriotas estão
sendo ameaçadas. Nossos lares não estão mais seguros. Querem nos calar. Não me
lamento, escolhi essa trilha. A luta pela LIBERDADE e a defesa da ordem é
fundamental para termos um país onde criar nossos filhos", afirmou o
ministro da Educação via redes sociais.
O Ministério da Mulher, da Família e
dos Direitos Humanos não confirma a autenticidade dos dados da ministra Damares
Alves, mas divulgou nota repudiando "a divulgação criminosa de dados, em
clara violação aos direitos fundamentais à intimidade, à vida privada, à honra
e à imagem". "A divergência de ideias jamais deveria ser
justificativa para a prática de ação totalitária e antidemocrática como esta.
Que os responsáveis sejam devidamente identificados e processados, nos termos
da lei", diz o texto.
Para ler outras matérias acesse, www: professortacianomedrado.com
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