Da Redação
Prof. Taciano Medrado
O ministro Og Fernandes, do
Superior Tribunal de Justiça (STJ), converteu a prisão temporária da
desembargadora Sandra Inês Rousciolelli em prisão preventiva. A
decisão, tomada na noite deste sábado (28), também é válida para o filho da
desembargadora, Vasco Rousciolelli Azevedo.
O pedido de
conversão foi feito pelo Ministério Público Federal (MPF) para resguardar a
ordem pública e por conveniência da instrução criminal.
A desembargadora e o filho foram
presos na terça-feira (24), durante a 5ª fase da Operação Faroeste, por vender
voto favorável para Bom Jesus Agropecuária. A empresa disputa mais de 300 mil
hectares de terras com o borracheiro José Valter Dias. Segundo o MPF, a
desembargadora formou uma "associação criminosa complexa especializada em
venda de decisões" no âmbito do TJ-BA para legitimação de terras no oeste
baiano.
Ainda segundo a petição, o grupo praticava crimes de lavagem de
dinheiro e corrupção, em total "abalo a ordem pública". O MPF
salienta que, se o fato é uma "corrupção sistêmica, profunda e
institucionalizada, impõe-se a prisão preventiva para debelá-la".
A Operação Faroeste
foi deflagrada no dia 19 de novembro de 2019, e culminou com a
prisão de desembargadores, magistrados, servidores e pessoas próximas ao
borracheiro, como o cônsul da Guiné Bissau, Adailton Maturino.
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