Da Redação
Prof. Taciano Medrado
Caríssimos leitores do blog do professor TM , o Brasil é o único pais do mundo onde uma facção criminosa , agem como "autoridade constituída " e arvora a redigir documentos orientando aos seus advogados a quem eles chamam de "os gravatas" ,como agirem se aproveitando da pandemia do coronavírus pra exigirem a soltura de presos . Existe até preso que alega ter enxaqueca , e trata-se de um perigoso traficante de drogas. O pior é que conforme noticiado pela imprensa os juízes já estão atendendo as exigências deles (PCC).
Segundo matéria publicada no Estadão na sua edição de hoje (29) , o Primeiro Comando da Capital (PCC) determinou que seu departamento jurídico, a chamada
sintonia dos gravatas, procure em razão da pandemia de covid-19 integrantes do Estado que tenham HIV, sejam diabéticos, tuberculosos ou tenham doenças cardíacas respiratórias e
imunodepressoras. Os advogados devem pedir prisão domiciliar para esses detentos,
não importando os crimes que eles praticaram.
O documento - um salve da cúpula da facção - foi interceptado
pela inteligência da polícia de São Paulo neste sábado,
dia 26. A organização criminosa ainda orientou seus advogados - os gravatas - a
pedir regime domiciliar para gestantes e lactantes e para os
presos que cometeram crimes sem violência. Por fim, a facção quer a
substituição das prisões
temporárias por tornozeleiras
eletrônicas e a progressão adiantada da pena para quem já cumpriu a
maior parte do que era previsto em regime fechado.
O documento é a primeira manifestação da facção desde o começo da
pandemia. Há duas semanas, 1,3 mil detentos fugiram de quatro
presídios de regime semi-aberto depois que a Justiça proibiu a
saída temporária deles na Páscoa. O Ministério Público
Estadual (MPE) acredita que
a facção deve inundar as varas de execuções criminais do estado com pedidos de
libertação.
Em São Paulo, a Justiça também
limitou o número de visitas para cada preso a uma única pessoa como forma
de controlar a disseminação da covid-19. Por enquanto, a Secretaria
da Administração Penitenciária (SAP) não constatou nenhum caso da doença entre os 230 mil presos do Estado -
há somente casos suspeitos. Já entre os funcionários há um agente na Praia Grande, no litoral paulista, que foi diagnosticado com o coronavírus.
Libertação
em massa
Em São
José dos Campos, no Vale do Paraíba,
a juíza Sueli Zeirak decidiu soltar 61 presos do Centro
de Detenção Provisória (CDP) de Tremembé.
A decisão foi tomada na sexta-feira, dia 27 com base em um pedido feitopela Defensoria Pública. Além do CDP
de Tremembé, a juíza é responsável pelas penitenciárias de Potim 1 e 2, Caraguatatuba e São
José do Campos. Entre os presos soltos, existem 29 traficantes
de drogas, oito assaltantes, cinco homicidas, cinco estelionatários, quatro
furtadores, quatro receptadores e seis detentos presos por outros crimes.
O perfil dos libertados mostra que 19 tinham 60 anos ou mais - o mais velho deles tinha 83 anos e havia sido condenado a seis anos de prisão por homicídio. Havia ainda entre os soltos 17 detentos entre 40 e 59 anos, 15 com 30 a 39 anos e, por fim, dez com menos de 30 anos. Quanto às doenças que mais motivaram a libertação estão a hipertensão (19 casos), tuberculose (8 casos), bronquite (6), HIV (56) e diabetes (5). Mas há entre os soltos até um preso que alegava ter enxaqueca. Trata-se de um traficante de drogas condenado a sete anos de prisão e que tem 61 anos.
Fonte: Estadão
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