É interessante observar como as modernidades contagiam a todos nos dias
atuais, incorporando práticas e palavreados impensáveis em tempos passados, não
somente no linguajar típico e natural aos jovens, mas hoje afetando até os
idosos! Aquilo que era dito no passado, e cuja procedência tinha origem
duvidosa, de pronto se insinuava que era mentira, ou logo se afirmava: NÃO É
VERDADE! Hoje tudo se universalizou na expressão “Fake News” como forma de
repudiar a tudo que não se deseja ouvir ou não se quer acreditar,
principalmente quando influenciado pelas questões ideológicas, sem qualquer
pretensão de conhecer a origem do que está sendo dito, quem o disse e as
motivações que inspiraram aquela informação, que pode até ser realmente falsa
ou, quem sabe, verdadeira.
Frente a essa circunstância, o mais seguro e confortável é exercitar os
recursos investigativos para um posicionamento pessoal amparado num senso
crítico claro e autêntico, sem exacerbar sob a pressão de fatos que nem sempre
são falsos... A realidade é que os novos tempos chegaram com uma incrível
velocidade, trazendo o forte impacto de uma comunicação intensa e eficaz
apelidada de “redes sociais”, cujos efeitos tem uma potencialidade ainda não
bem avaliada pelas pessoas, mas de intensos resultados tanto para o bem como
para o mal. E quando são maléficos, saiam de baixo!
Ao se evidenciar o valor significativo das “redes sociais” como um dos
componentes do avanço da internet no mundo, é impossível não destacar outro
avanço devastador denominado de “hackers”, cuja ação, por ser oculta e
geralmente criminosa, não tem vergonha de desrespeitar os limites alheios
concernentes à privacidade, fixados e exigidos pela sociedade.
Por falar nesse segmento, impossível não lembrar da hoje famosa
Intercept Brasil, cujo nome já diz tudo, ou seja: interceptar. Não pelo que
pode representar de mentiras ou verdades o conteúdo que lhe foi repassado pelos
hackers nacionais, mas qual o valor e patrocínio envolvidos na compra desse
material, fato até hoje não revelado para conhecimento público ou das
autoridades. Seria muito ingênuo acreditar que um hacker corra todos os riscos
- inclusive um deles já está preso -, e entregue a um jornalista americano todo
o material resultante do seu ato criminoso sem qualquer retribuição! A pretexto
de quê? Para mim não importam os interesses ocultos ou a quem eles pretendem
atingir no cenário político e jurídico nacionais, mas é inquietante verificar
como é possível que um jornalista estrangeiro, sob a égide do direito à
liberdade de imprensa, possa se imiscuir de maneira até desrespeitosa nas
questões internas de um país, gerando visível intranquilidade!
A curiosidade maior que resulta desse episódio, é o questionamento se o
Sr. Glenn Greenwald, da Intercept, agiria dessa forma mesmo que em qualquer
outro país democrático do mundo, para não citar os países socialistas, onde a
liberdade de expressão não existe sequer para os nacionais! É inaceitável
imaginar que o Sr. Glenn possa divulgar conceitos irreverentes e impróprios
para emitir os seus julgamentos sobre Juízes e autoridades oficiais do Brasil,
sob a proteção do regime democrático vigente, e as autoridades da nação fiquem
silenciosas e omissas ante tamanha ingerência! A sua postura é de verdadeiro
ódio paranoico contra o atual governo brasileiro, motivo porque obtém os
aplausos da esquerda nacional e é reverenciado por alguns âncoras do nosso
jornalismo!
Lanço um desafio a qualquer jornalista nosso, que vá residir nos EUA,
Europa ou Ásia, ou quem sabe em Cuba, Venezuela ou Rússia, e assuma semelhante
postura envolvendo-se com investigações que possam interferir de alguma forma
na política interna, e verá quantas horas lhe serão concedidas para deixar o
país, sem delongas! Isso quando alguns, nos países socialistas, já não ficam
por lá mesmo, por dias sem fim, em outras palavras: para sempre. Mas, num país
tupiniquim, e democrático... tudo é
possível!
Autor: Adm. Agenor Santos, Pós-Graduação Lato Sensu em Controle,
Monitoramento e Avaliação no Setor Público – Salvador-BA.
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